25.4.07

Entre a liberdade e o amor

A parábola do filho pródigo nos coloca diante da tensão existente entre o amor e a liberdade, dois dos maiores anseios do coração humano. O filho mais novo queria a liberdade; o mais velho, ser amado. A tensão se explica pela aparente contradição na experiência da liberdade e do amor. O senso comum define a liberdade como a não sujeição do eu ou do ego a qualquer realidade limitadora ou impeditiva da realização de desejos e vontades. Livre é quem faz o que quer, quando quer, onde quer, com quer, porque quer, e assim por diante. O amor, por sua vez, é compreendido pela entrega do eu ou do ego ao objeto amado, o que implica renúncia, abnegação, e até mesmo sacrifício. Quem ama valoriza mais o relacionamento com o ser amado do que a realização de suas vontades e desejos. Isto é, amar é abrir mão da liberdade.

O mesmo Jesus que disse ser a fonte da liberdade: “se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (João 8.36), exige que seus seguidores morram para si mesmos: “se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo” (Mateus 16.24). Nesse sentido, a liberdade não é compatível com o amor, pois o amor não é compatível com o egoísmo-egocentrismo.

A pretensão humana de liberdade conforme descrita é ilusória, pois é fato que a liberdade humana não é absoluta: ninguém consegue fazer o que quer, onde quer, como quer... A realidade na qual vivemos impõe limites à liberdade humana, como por exemplo, a impossibilidade de voar ou de sobreviver sem dormir e respirar. São limitações que não implicam desejos e independem das vontades, e por esta razão, não constituem dilemas éticos.

Mas há outros limites que implicam posicionamentos éticos e decisões morais, como por exemplo o zelo do corpo e o cuidado das relações de confiança. Sempre que os limites de sua liberdade são desrespeitados, o ser humano entra em rota de colisão com sua natureza, a natureza da realidade em que vive e, portanto, de auto-destruição e destruição do que lhe tem valor. Por exemplo, aquele que desrespeita o limite imposto pela lei da gravidade e pretende andar sobre os ares pula para a auto-destruição, assim como aquele que não cuida de sua saúde. O mesmo ocorre com quem deseja se relacionar com base na mentira, na infidelidade e na exploração do outro em benefício próprio: destrói a si mesmo, ao outro, e também a relação de amor.

O dilema entre a liberdade e o amor, portanto, pode e deve ser superado, primeiro, pela consciência de que a liberdade humana é relativa, e, também e principalmente, pela renúncia voluntária (livre) da vida egocêntrica, em favor das relações de amor. Amar implica escolher livremente se dedicar ao amado. Isso é graça: entrega do si mesmo em favor do objeto amado: “a minha vida ninguém a tira de mim, mas eu a dou de minha espontânea vontade” (João 10.18). Dou espontaneamente porque sou livre, e mesmo assim a dou, porque amo. Assim viveu Jesus. Assim morreu Jesus. E porque livre e pleno de amor, a morte não o pôde reter – ressuscitou.

24.4.07

A verdade em metades

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passarmeia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metadesdiferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.
Cada um optou conformeseu capricho, sua ilusão, sua miopia.


O poema de Carlos Drummond de Andrade é um convite à humildade e à comunhão. Comunhão não existe sem humildade. E sem as duas, não existe experiência da verdade. A verdade a gente não sabe. A verdade a gente vive quando ela se apropria de nós. A verdade não é coisa da razão, resultado da reflexão. A verdade é soma de corações e não de cabeças. A verdade é coisa fugidia, que não se deixa prender na gaiola dos raciocínios, não cai nas armadilhas dos pensamentos. A verdade é isso, a gente experimenta, saboreia, se delicia, mas não fica com ela como quem tem posse, pois a verdade é maior do que nós, em cada um de nós só cabe meia verdade. E a gente tenta fazer uma verdade inteira juntando as partes e ficando com elas, como quem rouba do outro a metade que está com ele, pra depois a gente ficar dono da verdade. Mas a verdade não participa desse jogo. O jogo da verdade não é soma, é partilha. Não é brincadeira onde quem tem mais meia verdade ganha. É mais como uma dança aonde a beleza e o alumbramento vêm no par, ou até mesmo na roda, aonde as mãos e braços vão se encontrando e se despedindo, até que todo mundo na roda vive a verdade, e brinca com ela cada vez que os braços se entrelaçam e as mãos se acariciam. No fim da noite, quando cada um vai para casa descansar, a verdade também se recolhe, para que no dia seguinte todo mundo se precise novamente. Assim a humildade e a comunhão cuidam da verdade.

Na dança da verdade, meia verdade é verdade com limite, é verdade incompleta, dizendo para todo mundo que as idéias são menos importantes que as pessoas. Quem não consegue entrar na roda é quer espreitar para colecionar fragmentos de verdade, imaginando ser possível ficar dono da verdade e viver tomando conta da verdade, de fato, não vive com a verdade, mas com o capricho, a ilusão ou a miopia. Porque prefere as idéias às gentes, fica com a mentira, porque a verdade é uma pessoa e não um conceito. A verdade é uma pessoa, que gosta de brincar, de rir e de chorar. A verdade é uma pessoa que se dá a conhecer na comunhão dos humildes: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, disse a verdade inteira aos que tinham consigo apenas meias verdades.

17.4.07

O Deus esvaziado

Baseado na PARÁBOLA DOS FILHOS PERDIDOS
Lucas 15.11-32

Você pode fazer teologia de cima para baixo e de baixo para cima. Caso escolha fazer de cima para baixo, terá a companhia de todos os filósofos, especialmente os gregos, que se fixaram numa idéia de perfeição de Deus, e deram toda ênfase aos atributos incomunicáveis de Deus: onipotência, onisciência e onipresença, por exemplo (Jó 42.2; Salmo 139; Isaías 43.13; Lucas 18.27). Todos os que olham para Deus através desse paradigma imaginam Deus num alto e sublime trono (Isaías 6.1), habitando em luz inacessível (1Timóteo 6.16) e, invocado mediante a oração da fé, vem ao mundo fazer coisas boas (milagres) para seus filhos. Não há nada de errado nesta descrição de Deus.

Mas você também pode fazer teologia de baixo para cima. Nesse caso, você deverá deixar de lado aquilo que Deus é em termos de sua perfeita natureza eterna, e focar sua atenção na maneira como Deus escolheu se revelar e se relacionar com as pessoas na história. Seus olhos devem deixar de lado a visão ideal e abstrata da filosofia, e se voltar para Jesus Cristo, suas ações e palavras, que revelam o Pai (João 10.30; 14.9).

A Bíblia ensina que Jesus é Deus esvaziado, Deus em forma humana, em forma de servo (Filipenses 2.5-8). Jesus é Deus conosco, isto é, Deus se revela e se relaciona conosco em Jesus (João 1.14,18; Hebreus 1.1-3). Em Jesus, Deus está esvaziado, pois sua onipotência foi limitada pela fé dos que a ele se achegavam (Mateus 13.53-58), seu onisciência foi limitada pelo Pai (Mateus 24.36), e sua onipresença foi limitada pela própria encarnação.

A expressão Deus esvaziado não diz respeito à natureza de Deus. Deus é o mesmo, tanto no alto e sublime trono como encarnado na pessoa de Jesus. Mas a maneira como Deus se relaciona no céu é diferente da maneira como se relaciona na terra. No céu Ele faz tudo quanto lhe agrada e reina soberano. Na terra Ele age em e com as pessoas que atendem seu convite para a comunhão em seu Filho: "venha o teu reino, seja feita a tua vontade assim a terra como no céu" (Salmo 115.3,16; Mateus 6.10; 1Coríntios 1.9). Isso fica mais claro quando compreendemos os critérios segundo os quais Deus escolheu se relacionar com seus filhos, conforme Jesus ensina na “parábola dos filhos perdidos” (Lucas 15.11-32).

Em primeiro lugar, o Deus esvaziado se relaciona com base no critério da liberdade. O filho mais novo pede a sua parte da herança e vai embora da casa do pai. Naquela época e cultura, o pedido equivaleria a dizer mais ou menos o seguinte: “Pai, tudo o que quero é que o senhor morra. Tudo o que me interessa é seu talão de cheques”. O impressionante é que o pai não faz oposição a esse desejo do filho. O critério é a liberdade: “Você quer ir, meu filho, eu lamento, mas vou não vou amarrar você ao meu lado, não vou obrigar você a conviver comigo contra a sua vontade. Siga seu caminho”.

O Deus esvaziado não mantém relacionamentos à força, mediante manifestação do seu poder e imposição de sua autoridade soberana. O Deus esvaziado dá um passo atrás, para que você possa exercer sua liberdade de existir com Ele ou contra Ele.

Em segundo lugar, o Deus esvaziado se relaciona com base no critério da interpelação. O filho mais velho se recusa a participar da festa que o pai promove para se alegrar com o retorno do filho mais novo, que estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. O pai vai ao encontro do filho mais velho e o interpela, o confronta e o coloca diante da necessidade de uma decisão. Mas não decide por ele, nem o obriga a se submeter à sua vontade.

O pai não exige obediência dizendo “Enquanto você estiver na minha casa fará as coisas do meu jeito”. O pai confronta o filho e espera tocar sua consciência, para que, semelhantemente ao filho mais novo, ele também “caia em si”, e experimente uma transformação de dentro para fora, de modo que sua submissão à vontade do pai seja um ato voluntário e consciente de ser a melhor escolha.

Deus não é um solucionador de problemas. É um solucionador de pessoas. Deus não prometeu fazer nossa vida melhor. Prometeu nos fazer homens e mulheres melhores: semelhantes ao seu Filho (Romanos 8.28-30; 2Coríntios 3.18; Gálatas 4.19; Efésios 4.11-13).

Quem espera uma vida melhor como resultado da intervenção do Deus onipotente, onipresente e onisciente, acaba se frustrando e sucumbindo em culpa e incredulidade. Quem espera ser uma pessoa melhor e andar em comunhão com Deus, numa relação de amor e liberdade, respondendo suas interpelações e desfrutando sua presença e doce companhia é capaz de enfrentar a vida, qualquer que seja ela.

11.4.07

Dos mistérios de ser Deus e homem

A cristologia de Bento XVI, platônica, parte de Deus e chega em Cristo.
A de Sobrino, aristotélica, faz o caminho inverso. Eis o choque.

Por Fernando Altemeyer Junior

Há (dez dias) publicou-se a nota condenatória: “O padre Jon Sobrino tende a diminuir o valor normativo das afirmações do Novo Testamento e dos grandes Concílios da Igreja antiga. Tais erros de índole metodológica levam a conclusões não conformes com a fé da Igreja em pontos centrais da mesma: a divindade de Jesus Cristo, a encarnação do Filho de Deus, a relação de Jesus com o Reino de Deus, a sua auto-consciência, o valor salvífico da sua morte.” Notificação da Congregação da Doutrina da Fé, Vaticano, 14 de março de 2007.

Quais as razões para este gesto? Quais as razões para a condenação da obra de um teólogo tão requintado e fecundo? Terá ele diminuído o valor da mensagem evangélica e errado em seu método? Terá negado a divindade de Jesus? Terá silenciado sobre a salvação trazida por Cristo? O que diz Jon Sobrino em seus textos e o que afirma a teologia latino-americana em sua obra intelectual?

Outros tantos teólogos foram condenados nos últimos 32 anos: Hans Kung em 1975 e 1980; Jacques Pohier em 1979; Edward Schillebeeckx em 1980, 1984 e 1986; Leonardo Boff em 1985; Charles Curran em 1986; Tissa Balasuriya em 1997; Anthony de Mello em 1998; Reinhard Messner no ano 2000; Jacques Dupuis e Marciano Vidal em 2001; Roger Haight em 2004 e Jon Sobrino em março de 2007. Há algo de comum entre eles? Há razões para explicar esses conflitos dogmáticos?

Apresento aqui um quadro comparativo das teologias produzidas na América Latina e na Europa, para entender o que aconteceu com o padre jesuíta Jon Sobrino. Na América Latina, a formulação da fé é direta. Na Europa, é reflexa. Na América Latina, o ponto de partida é o rosto de Cristo transfigurado nos pobres. Na Europa, o ponto crucial é a transfiguração do Cristo na filosofia e no pensamento clássico. Na teologia latino-americana a preocupação é prática. Na Europa, é lógica. Na América Latina vemos o povo crucificado como cruz divina. Os pobres são cruciais. Na Europa fala-se do Deus crucificado como cruz humana. A Igreja é crucial. Na América Latina, a consciência histórica é um critério de seguimento de Jesus. Crer é seguir Jesus. Na Europa, o caminho de Jesus é objeto de investigação e critério para discernir entre o crer e o não crer. Crer é entender Jesus. Na América Latina, a pregação de Jesus sobre o Reinado de Deus é um contexto vital e mediação concreta para conhecer ao Deus vivo e verdadeiro. O Reino revela o amor e a verdade. Na Europa, a proclamação da verdade é a fonte segura do fazer teologia. A verdade revela o amor e o Reino.

A Cristologia latino-americana (em particular na obra de Jon Sobrino) se faz a partir da dor humana, especialmente da humanidade padecente em sua carne e corpo. A Cristologia européia se faz a partir do conhecimento humano e da angústia existencial em sua alma e mente. A Cristologia latino-americana vem de baixo para cima. Do histórico de Jesus ao ser de Jesus. Do ser de Jesus ao ser de Deus. É alinhada à escola teológica de Antioquia, ao pensamento dos primeiros evangelistas e a São João Crisóstomo. Fazer teologia muda a vida dos teólogos. Já a Cristologia européia vem de cima para baixo. Do ser de Deus ao Cristo da fé. Do Cristo ao Jesus Ressuscitado. Do Ressuscitado ao crucificado. É alinhada aos pensadores alexandrinos, particularmente ao grande doutor Atanásio.

A Cristologia latino-americana participa da esperança libertadora dos povos crucificados. É uma Cristologia ascendente, inspirada em textos clássicos dos aristotélicos e tomistas. Jon Sobrino faz parte da família espiritual que bebe desta fonte teologal. A Cristologia européia trabalha a encarnação do Verbo como manifestação salvífica de Deus. É uma Cristologia descendente, inspirada em textos clássicos dos platônicos e agostinianos. Os teólogos da Congregação da Doutrina da Fé têm bebido desta fonte espiritual.

A Igreja latino-americana construiu uma teologia que dialoga com o magistério local. E este magistério se exprimiu teologicamente em Medellin, Puebla e Santo Domingo, em documentos pastorais de serviço ao povo e ao Evangelho. O que foi escrito em Medellin, em 1968, foi uma profecia autêntica do povo de Deus. O que foi assumido em Puebla, em 1979, foi a opção do Evangelho pelos pobres e contra a pobreza. O que foi encarnado e inculturado em Santo Domingo, em 1992, foi chave interpretativa dos sinais dos tempos. A missão da Igreja não é restauradora. É anúncio feliz da vida em Cristo.

A teologia gestada em El Salvador, no Brasil, no Chile e em praticamente toda América hispânica e criola dialogou com o magistério local e universal. Assumiu colóquios fecundos com pastores como dom Luciano Pedro Mendes de Almeida e dom José Ivo Lorscheider. Foi sustentada por cardeais como Aloísio Lorscheider e Paulo Evaristo Arns, e por patriarcas da Igreja latino-americana que podem ser chamados de novos padres da Igreja: Jaime Francisco de Nevares, Alberto Pascual Devoto, Eduardo Francisco Pironio, Enrique Angel Angelelli (argentinos); Jorge Manrique Hurtado (boliviano); Avelar Brandão Vilela, Fernando Gomes dos Santos, Helder Pessoa Câmara, Romeu Alberti (brasileiros); Enrique Alvear, Manuel Larrain Errazuriz, Raul Silva Henríquez (chilenos); Gerardo Valencia Cano (colombiano); Oscar Arnulfo Romero (salvadorenho); Leônidas E. Proaño Villalba, Pablo Muñoz Vega (equatorianos); Juan Gerardi Conedera (guatemalteco); Marcelo Gerin (hondurenho); Bartolomé Carrasco Briseño, José Salazar López, José Alberto Llaguno Farias, Sergio Méndez Arceo (mexicanos); Marcos Gregório McGrath (panamenho); Ramón Bogarín Argaña (paraguaio); Juan Landázurri Rickett (peruano) e Carlos Parteli Kéller (uruguaio). Todos filhos do Vaticano II que retomaram a antiga patrística. Padres testemunhas como Oscar Romero e Enrique Angelelli. Mártires que semearam igrejas em todo o continente, como na expressão de Tertuliano. Vivem a teologia na doação de suas próprias vidas.

A segunda onda patrística dos apologistas que defenderam a fé face ao pensamento grego e ao império romano, também tem paralelo em bispos como Manuel Larrain e especialmente no indígena Leônidas Proaño. Apologistas das culturas indígenas e da fé verdadeira. Vivem a teologia na escuta dos clamores surdos de seus povos.

O sofrimento pessoal de Jon Sobrino pode ser um momento fecundo para que se descubra que a humanidade sacratíssima de Jesus é o caminho seguro para contentar a Deus, para alcançar grandes graças do Espírito Santo e, sobretudo, pode ser a porta segura para que Deus nos mostre seus grandes segredos. São Francisco mostra isso ao receber as chagas de Cristo. Santo Antônio de Pádua, ao apresentar em seu colo o menino Deus. São Bernardo e Catarina de Sena em seus poemas de amor à humanidade de Deus feito humano. E, enfim, a doutora Santa Teresa de Ávila, que em seu Livro da Vida, no capítulo 22, afirma categoricamente que o melhor caminho para a mais alta contemplação de Deus passa pela humanidade de Jesus.

*Fernando Altemeyer Junior, teólogo, doutor em Ciências Sociais e ouvidor da PUC de São Paulo.

9.4.07

Quem ama sangra

Ele olhou ao redor da montanha e previu uma cena.
Três corpos pendurados em três cruzes. Braços estendidos.
Cabeças inclinadas para frente.
Eles gemiam por causa do vento.
Homens fardados estavam sentados no chão, perto dos três.
Homens com roupas de religiosos se afastaram para o lado... arrogantes, convencidos.
Mulheres envolvidas em sofrimento estão reunidas ao pé da montanha... rostos marcados pelas lágrimas.
Todo o céu se levantou para lutar.
Toda a natureza se ergueu para o resgate.
Toda eternidade posicionou-se para dar proteção.
Mas o Criador não deu ordem alguma.
"Isso deve ser feito...", disse, e retirou-se.
O anjo disse outra vez: "Seria menos doloroso se..."
O Criador o interrompeu brandamente: "Mas não seria amor..."

(autoria desconhecida)


Ed René Kivitz
Pastor da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), autor e conferencista.
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  • BOSCH, David. Missão transformadora: mudanças de paradigmas na teologia da missão. São Leopoldo, RS: Sinodal, 2002.

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